quinta-feira, 3 de abril de 2008

Papa João Paulo II




Karol Wojtyla nasceu no dia 18 de maio de 1920, uma época de guerra entre a Polônia e a República Soviética, na cidade de Vadovice. Sua mãe tinha a saúde debilitada, mas o mimava muito. Chamava Karol de Lolek e às vezes de Lolus - o diminutivo do apelido. Seu pai era um tenente do exército polonês, mas velho demais para ir ao front, por isso, sempre ajudou na criação dos filhos. Karol tinha também um irmão mais velho, Edmund, por quem nutria muita admiração
Antes dos 21 anos, o futuro papa já havia perdido toda a sua família. A mãe morrera quando ele tinha apenas oito anos. Pouco depois morreu o irmão, que estudava medicina e foi vítima de uma epidemia em um hospital. Em 1941, morreu seu pai em um dos mais rigorosos invernos da Polônia. Nesta época, Karol Wojtyla, que adorava poemas, escreveu um lembrando a dor e Deus:
Sei que sou pequeno/ Mas há outros ainda menores que eu/ Ele me escolheu, Ele me lança nas cinzas/ Ele pode fazer isso - mas por quê?/ Por que fazer isso comigo?/ Ele é o provedor.
Bem antes de se tornar o Papa João Paulo II, em 16 de outubro de 1978, Wojtyla já era um exemplo de cidadão. Da infância em Vadovice aos retiros religiosos no Vaticano, ele foi o melhor aluno nas escolas e universidades por onde passou. Falava alemão, latim e grego.
Adorador do futebol, Karol não só teve diversos amigos judeus, como jogava freqüentemente como goleiro no time dos judeus de sua cidade. Aos 14 anos, atuou como ator e roteirista em peças de teatro em Cracóvia, trabalhou como britador em uma pedreira e até entrou na lista negra do nazismo, que ocupou a Polônia de 1939 a 1945.
Wojtyla virou padre aos 26 anos, arcebispo aos 43 e cardeal aos 46.
Antes de completar 34 dias de pontificado, no dia 28 de setembro de 1978, João Paulo I morreu de enfarte agudo do miocárdio, segundo o Vaticano. O conclave que o elegeu havia sido longo, mas já estava na hora de mais um ser feito. Três dias depois, a fumaça branca saía da chaminé ao lado da Capela Sistina, anunciando que o novo pontífice estava escolhido. Todas as previsões dos especialistas fracassaram. Esperavam um italiano, receberam o cardeal polonês Karol Wojtyla, de 58 anos e bom trânsito entre os bispos.
O papa escolheu o nome João Paulo II para homenagear seu antecessor. A primeira vez que falou com a multidão que lotava a Praça de São Pedro, ganhou a simpatia de todos. "Se eu errar meu italiano, vocês me corrijam, por favor", pediu o Papa. O polonês Karol Wojtyla é o primeiro não-italiano a ocupar o cargo desde o holandês Adrien VI, que morreu em 1523No dia 25 de janeiro de 1979, o novo papa desceu as escadas do jumbo da Alitália, deu um passo à direita do tapete vermelho, curvou-se, beijou o solo da República Dominicana, e disse: "Viajarei por onde me chamarem as exigências da fé e dos valores humanos". Na hora, as pessoas acharam que tratava-se de uma frase de efeito, mas não. Nenhum outro papa beijou tantos solos como João Paulo II.
O beijo no solo é um gesto que o Sumo Pontífice usa para abençoar o local. Em solo brasileiro, João Paulo II já se curvou duas vezes para beijar nossa terra: a primeira ocorreu em Brasília, em 1980. E a segunda em Natal, em 1991. No primeiro beijo, em 1980, caiu o solidéu.


Fonte:www.radiobeatitudes.com.br

Nenhum comentário: